O humor inglês é famoso por sua peculiaridade e por isso talvez seja difícil o diálogo com ele.
Em A Senhora da Van, por exemplo, sem entender esse humor acabamos em um filme excêntrico e esquemático e que não nos aproxima nem nos comove com suas personagens.
O filme é baseado em fatos reais e tenta se valer disso para o pacto de fidelidade com os espectadores, entretanto isso não é suficiente, falta construção dramática das personagens para acompanhá-las melhor.
A senhora rabugenta que adentra a garagem de um morador de classe média londrina e passa a morar ali, numa certa relação de passividade e tolerância.
Porém, apesar do desenrolar e da aproximação gradual dos dois, a relação improvável não se adensa como mostrariam filmes hollywoodianos.
As situações vividas por eles também não resultam em contrastes tão cômicos como poderiam.
Assim, a falta de uma construção psicológica maior dos personagens ou um maior exagero em suas caricaturas deixa o filme em um meio do caminho, a van acaba estacionada, sem realmente sair muito do lugar (ao menos a olhares não ingleses).
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