Em seu filme anterior, Barbara, já comentado aqui, Petzhold já trabalhava com personagens fortes, lacônicas e densas. E também já havia um clima de mistério em sua trama.
Já em Phoenix esse é o ponto central.
Com um argumento interessantíssimo, cuja fonte é o livro de Hubert Monteilhet: mulher desconfigurada em um campo de concentração reencontra seu marido como uma desconhecida.
O filme tem ainda mais potencial por trazer um fundo político e social (Nazismo e 2a Guerra) e várias questões psicológicas envolvidas.
Entretanto por prezar tanto a trama e a construção de mistério sobrepõe isso à construção de verossimilhança e assim as questões psicológicas se enfraquecem.
Por que então não explorar melhor a relação que eles tinham antes, a que se busca agora, as motivações de ambos? Talvez assim a narrativa ficasse menos solta e o clima construído ganhasse mais força.
Uma pena pois o filme não mantém seu ritmo e fica aquém do que a trama possibilita...
Em Phoenix um momento sublime como a cena final acaba se diluindo um pouco e o filme como um todo não chega à excelência.
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