A dupla de diretores Richard Glatzer e Wash Westmoreland já havia trabalhado junta no filme The Last of Robin Wood e no reality show America's next top model.
Aqui se basearam também em fatos reais para contar um drama bastante frequente em diversas famílias que é a convivência com a doença de Alzeimer.
Para sempre Alice conta a história de uma professora universitária na faixa dos 50 anos que começa a ter problemas de memória, ela evita o assunto, mas quando começa a se consultar tem a doença diagnosticada.
O filme trata então da relação da família com a doença, especialmente a própria mulher com o que é, ou, como o filme coloca, o que vai deixando de ser.
A família que não tem grandes crises, apenas questões "normais" de diferenças de ponto de vista entre os membros (casal e três filhos) e diferenças na maneira de lidar com o diagnóstico.
Esse é um ponto interessante e aproxima o filme de outros que também trazem o cotidiano de degradação sem um melodrama excessivo, ou no melodrama excessivo ou mesmo caráter trágico inerente à doença.
Por outro lado o filme quer abordar questões demais e não se aprofunda em detalhes e nuances que o fariam mais profundo e intimista, como os exemplos recentes de Amor, de Michael Haneke ou Parada em pleno curso, de Andreas Dresen - já comentados aqui.
Para sempre Alice trabalha situações corriqueiras sem muito glamour - embora dentro da chave hollywoodiana com trilhas e ritmo bem marcados e discursos e diálogos não tão naturais e bastante emocionantes. E tem outro destaque - merecedor de prêmios como o oscar - na atuação de Juliane Moore.
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