No filme de Sorrentino podemos ver claramente climas, temáticas e personagens presentes em filmes clássicos italianos, por exemplo de Fellini (com diversos filmes já comentados aqui):
A burguesia, a religião, a hipocrisia, a decadência, a futilidade, o culto à juventude e à beleza... A Grande Beleza!
Ao mesmo tempo Sorrentino repagina essa narrativa e dá frescor aos personagens e à trama.
(Nos fazendo imaginar, por exemplo, festas atuais na "alta sociedade" romana entre amigos de Berlusconi).
(Nos fazendo imaginar, por exemplo, festas atuais na "alta sociedade" romana entre amigos de Berlusconi).
Apesar das diversas alegorias, o filme traz minúcias de um cotidiano que nos aproxima da trama e nos instiga, seja quando vemos com distância e desconfiança para o deslumbramento dos personagens, seja quando pressentimos sentimentos verdadeiros, imbuídos de questões filosóficas profundas.
E sempre através de seu protagonista, um escritor cínico, num misto de romantismo, amargura e extrema acidez.
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