René Sampaio fez sua estréia em longa-metragem assumindo o desafio de adaptar uma das músicas mais conhecidas da Legião Urbana para o cinema: Faroeste Caboclo.
A música de fato traz diversos elementos para um roteiro: a saga de uma vida inteira do personagem João de Santo Cristo, vivido por Fabrício Boliveira.
Mas como tem também alguns pontos em aberto e diversas passagens confusas, pede algumas adaptações e preenchimentos.
Mas como tem também alguns pontos em aberto e diversas passagens confusas, pede algumas adaptações e preenchimentos.
René e seu time de roteiristas (Victor Atherino, Marcos Bernstein e José Carvalho) começaram adotando o plot principal como o romance da história - ótima escolha. Mas sem abrir mão de questões familiares, políticas e sociais.
Entretanto nesta soma de tantas questões algumas ficam um pouco perdidas e desconectadas. E o excesso tira a força das principais.


Assim, aquilo que viveu na infância parece não refletir em seu presente e acaba um pouco gratuito.
E isso se dá também na construção de alguns detalhes, que dão um ar gracioso na canção e nem sempre funciona aqui.
De maneira geral o filme constrói uma boa narrativa, com pegada popular, personagens carismáticos, bom elenco, lindas locações (e bem representativas da região), boa fotografia e ritmo, mas que poderia ser mais contido no roteiro e fluir mais e de maneira mais envolvente ainda.

Retrabalhar nossa própria música, nossa juventude e nossas histórias é um grande mérito e René merece o crédito!
Nenhum comentário:
Postar um comentário