Os filmes foram seguindo uma temática atual e de realidade específica da classe média baixa brasileira, sempre abordando temas fortes e contundentes (violência, desemprego, brigas familiares etc).
Agora Tata se arrisca em um tema histórico, tocando sentimentos mais universais - apesar da particularidade da situação: os traumas do Golpe Militar de 64.
Hoje é um filme sobre como o ontem ainda repercute.
Um tema caro e ainda pouco abordado no Brasil (principalmente se comparado aos nossos vizinhos, em especial os argentinos).
A protagonista, Vera, muito bem interpretada por Denise Fraga - em uma chave dramática à qual estamos menos acostumados a vê-la, acaba de se mudar para um apartamento e tenta começar uma vida nova.
Na mudança, para os móveis que entram é preciso abrir espaço das lembranças do passado. E a metáfora é realmente concretizada em imagens e ação.
Muito lirismo nos diálogos que Vera tem com sua história - e seu (ex) companheiro Luiz (vivido pelo uruguaio César Troncoso).
Tanto no conteúdo das conversas, no qual entre fatos similares aos ocorridos na ditadura (militância, guerrilha, tortura, desaparecimentos, sequestros, assassinatos...) se mesclam o olhar subjetivo de quem teria passado por isso.
Em um único ambiente em caráter intimista, uma decupagem interessante e com um especial trabalho de imagem, no qual grafismos e projeções funcionam muito bem, o tempo e o espaço vai sendo construído de maneira extremamente envolvente.
Talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto para ser ainda mais impactante, mas de qualquer maneira é denso, profundo e tocante. Sobre o ontem, o hoje e o amanhã... Vale a pena o mergulho.
Na mudança, para os móveis que entram é preciso abrir espaço das lembranças do passado. E a metáfora é realmente concretizada em imagens e ação.
Muito lirismo nos diálogos que Vera tem com sua história - e seu (ex) companheiro Luiz (vivido pelo uruguaio César Troncoso).
Tanto no conteúdo das conversas, no qual entre fatos similares aos ocorridos na ditadura (militância, guerrilha, tortura, desaparecimentos, sequestros, assassinatos...) se mesclam o olhar subjetivo de quem teria passado por isso.
Em um único ambiente em caráter intimista, uma decupagem interessante e com um especial trabalho de imagem, no qual grafismos e projeções funcionam muito bem, o tempo e o espaço vai sendo construído de maneira extremamente envolvente.
Talvez o filme pudesse ser um pouco mais curto para ser ainda mais impactante, mas de qualquer maneira é denso, profundo e tocante. Sobre o ontem, o hoje e o amanhã... Vale a pena o mergulho.
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