Estreia em longas-metragens do jovem diretor mexicano Gabriel Mariño, que aponta uma trajetória bastante promissora...
Um Mundo Secreto conta a história de uma jovem de classe média perdida, perdida após a formatura do colegial, perdida sem a clareza de um rumo para o futuro, perdida em uma viagem aventureira (buscando libertação? ou vínculos?), perdida em seus pensamentos, perdida na dificuldade de agir de acordo com as convenções, perdida na dificuldade de se relacionar com o mundo, perdida em seus sentimentos prestes a extravasar...
Poderia resultar em cenas clichês de uma geração indie, mas não...
Filme feito de maneira simples: equipe pequena, poucos recursos, muita raça, que se refletem no filme pelo tom intimista, as imagens e metáforas fortes, a intensidade da história e das personagens, o frescor do ritmo (embora também tenha seus problemas).
Faz lembrar outro exemplar, já da década passada, da argentina Lucrecia Martel, a obra-prima O Pântano, já comentado aqui.
Salve o cinema latino-americano! E que venham mais!
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