Costa-Gravas é um diretor de seu tempo e de sua história, após filmes com temáticas políticas - alguns já comentados aqui, chega aos 92 anos falando sobre o fim da vida.
Em Uma bela vida ele traz o filósofo Denis Podalydès às voltas com sua própria saúde e se aproximado do médico Kad Merad, que se especializou em cuidados paliativos. Assim ele tenta entender de que se trata essa especialidade e como funciona seu trabalho.
E, assim também, Denis se aproxima de diversas pessoas que estão próximas ao seus fins e que querem decidir como viver esse momento: acompanhados, sozinhos, de maneira mais cética, mais religiosa, festivas, introspectivas etc.
Com cada decisão prática tomada podemos ver as repercussões filosóficas e existenciais.
Um filme simples, com uma forma despretenciosa, sem grandes cenas e amarrações, mas funcionando como uma boa janela narrativa para essa discussão e reflexão.
Em tempos de envelhecimento da sociedade e de avanços na medicina, é muito interessante provocar o debate e mantê-lo vivo e em aberto.