Experiente com as comédias, seja de TV ou de curtas e longas de cinema, Luca Miniero decidiu adaptar a comédia francesa A Riviera não é aqui para uma versão italiana em Bem-vindo ao Sul.
Nos dois filmes são apresentados contrastes de diferentes regiões de um país e revelados os diversos pré-conceitos que pessoas na mesma nação podem ter.
Bem-vindo ao sul tem uma narrativa bem simples: um homem de meia idade quer agradar sua esposa e conseguir uma transferência para Milão. Eles moram nos arredores e o sonho dela é morar na Praça central da cidade.
Mas essa transferência é muito concorrida e nem tentando trapacear ele consegue o feito. Ao contrário, como punição a é enviado ao sul, numa pequena província próxima a Nápole.
Ali o protagonista vai para passar as semanas trabalhando e voltando apenas para os finais de semana com a família. Assim, ele vive todos os temores do que pensa sobre os sulistas italianos, muitas se desmentindo e outras se comprovando.
Uma das interessantes questões é a falta de abertura das pessoas em conhecer o diferente. Sua esposa, por exemplo, quando lhe pergunta da nova vida, não quer saber o que de fato acontece ali, mas apena tenta confirmar os estereótipos.
A principal revelação do filme que o filme faz então é que as regiões são diferentes e podem apresentar vantagens e desvantagens.
Muito semelhante aos nossos preconceitos entre pessoas do sul-sudeste e norte-nordeste: em pessoas focadas no trabalho beirando a frieza e calculismo, e em pessoas voltadas ao lazer, beirando a preguiça.
Obviamente não existe uma região que seja uma coisa ou outra e são apenas aspectos culturais de regiões.
Por isso interessante a proposta de criar um filme para se rir dessas diferenças.
Apesar da linguagem simplória e das piadas ingênuas, Bem-vindo ao Sul tem uma importância cultural para o país e é uma ótima apresentação dos italianos como um todo para o mundo. Para os curiosos sobre o país, vale a degustação.
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