O jovem carioca Fellipe Barbosa, que já tinha se destacado no cinema com seus curtas, faz sua estréia em longas. Casa Grande é ousado e foi bem recebido pela crítica.
Como o título já sugere, coloca o dedo na ferida da desigualdade social do Brasil ao retratar uma família de alta classe em decadência no Rio.
As dificuldades que vão passando, a maneira como têm que se privar dos luxos que tinham e o modo como vão se aproximando das classes sociais mais baixas, aquelas que antes os serviam é bastante interessante.
A premissa é muito bem colocada e com o diferencial de trabalhar com diálogos e interpretações naturalistas, quase sem empostação.
Nem para todo elenco e cenas funciona (há diálogos extremamente simplistas e até precários), mas ao mesmo tempo resulta em sequências envolventes, divertidas e de grande frescor.
O adolescente como protagonista também é um ponto positivo pela riqueza do momento de descobertas em meio a tantas reviravoltas.
O roteiro também não busca empostações ou rebuscamentos, as cenas vão se sucedendo umas às outras e cativam com isso.
Em algumas passagens há ações que sobram ou faltam, mas no geral o filme traz uma estrutura diferente e interessante.
Em algumas passagens há ações que sobram ou faltam, mas no geral o filme traz uma estrutura diferente e interessante.
Os outros elementos da linguagem também não têm grande rebuscamento: a decupagem, foto e sons são simples, que funcionam.
Talvez lapidadas a mais deixassem o filme mais especial, mas como estréia aponta um futuro promissor.
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