O diretor japonês Yoji Yamada, inspirado pelo cinema do grande mestre Ozu, fez um bonito retrato de Uma família em Tóquio.
Várias personagens, gerações e questões tratadas de maneira divertida e delicada e bastante oriental.
Para ocidentais pode ser difícil ver tanta graça nas piadas, interpretações e diálogos que às vezes beiram maneirismos;
Ou entender a estrutura patriarcal sem se incomodar com questões machistas e hierárquicas;
Ou ainda a maneira como se comunicam (que muitas vezes parece não se comunicar inclusive)...
Situações que ao longo de todo o filme provocam estranhamentos, mas que não é o que mais fica do filme.
O filme marca pela poesia, pelas lições de aceitação e de afeto.
Na visita de um casal aos seus filhos que vivem em Tóquio, em uma vida de estilo e ritmo completamente diferente do deles, mais rurais e pacatos.
Os senhores ora parecem estorvar, ora ficam alheios, mas ao final acabam se entrosando profundamente e mostrando a força dos laços familiares.
Os senhores ora parecem estorvar, ora ficam alheios, mas ao final acabam se entrosando profundamente e mostrando a força dos laços familiares.
Mais um exemplo da cultura oriental construindo mensagens por metáforas, entrelinhas, silêncios, poesia...
Belo exemplo.
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