Não é que o filme seja perfeito, não é. Há um desequilíbrio na história, uma trama policial bem fraca e que compromete até a construção das personagens, mas o que é bom no filme é tão bom, que pra mim o que salta aos olhos e enfumaça a vista são realmente os méritos!
Raríssimas experimentações de tamanho naturalismo e potência na interpretação!
Diálogos extremamente verdadeiros, situações banais cheias de charme! E mesmo nas personagens de tom farsesco e caricatural essa mesma verdade!
Tanto nos primorosos principais: Glória Pires e Paulo Miklos.
Como também nos secundários ou nas participações especiais: Marisa Orth, Antônio Edson, família Abujamra, Pitty, etc, etc, etc.
A arte e a fotografia caminham no mesmo sentido naturalista, e na arte um charme todo especial presente em mínimos detalhes!
Saí feliz com o cinema brasileiro!
Saí admirada de Anna Muylaert!
(de quem a experiência anterior - Durval Discos - não gosto! ali se ensaia uma graça, se ensaia também um mosaico de interessantes figuras paulistanas, mas tudo é abandonado em nome de uma narrativa nonsense que não cola, não pega e fica rodando como disco quebrado em vitrola fora de época)...
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