Daniel Burman pode não ser extraordinário, mas no alto dos seus 37 anos já apresenta uma filmografia considerável e bastante simpática.
Já falei sobre a força que tem O Abraço Partido, a simpatia com que me identifico com As Leis de Família e Ninho Vazio. Agora é a vez de Dois Irmãos.
Aqui Burman flerta mais com a comédia, em personagens mais caricatos, mas também com suas complexidades, dramas e complexidades...
Dois irmãos bem diferentes que começam a enfrentar as crises da terceira idade. Sem muito contato com amigos, colegas de trabalho ou outros familiares, eles acabam se apoiando um ao outro, vivendo uma relação de amor e ódio, cansaço e dependência...
O filme se enfraquece um pouco por sua semelhança com teatro: muito diálogo, pouca ação, licença poética de monólogos teatrais diegéticos e musical nos créditos finais. Mas ainda vale o tema, a interpretação muito boa dos atores e o realismo e doçura com que Burman sempre constrói seus filmes...
Avante, Burman!
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