segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Cildo


Vi há algumas semanas já, o que por um lado deixa a experiência mais fria, por outro faz com que o que tenha ficado possa ser avaliado ainda mais criticamente... 



"Vão-se os anéis, ficam-se..."
...Algumas declarações de Cildo, sua energia, poesia, originalidade, reflexões, divagações...

O filme faz o registro de tudo isso e tenta captar a magia da obra, mas o desafio não era fácil, afinal, as obras estão lá: plásticas, conceituais, etéreas, para serem vivenciadas em um tempo e espaço específicos e que parecem não pertencer ao da obra audiovisual, onde eu como espectadora fico rígida aceitando o ponto de vista colocado pelo diretor - o estreante Gustavo Rosa de Moura.

E o próprio Cildo tem uma força e uma filosofia que no início estão bem amarradas, lançando bem as primeiras idéias no filme. (Por exemplo, da experiência de Cildo com a chegada do homem à lua, onde um dos astronautas estava lá, mas não compartilhou a experiência de ter pisado no solo lunar e por isso ter ficado de fora da repercussão e consequente fama).


Porém aos poucos as filosofias vão crescendo e a conexão com suas obras não combinam com um audiovisual descritivo, que apenas apresenta o áudio de suas falas combinado às imagens em 2D de suas obras...

Acaba se tornando uma experiência menor, que nem traz riquezas novas por ser um novo produto artístico, nem consegue captar o que é o Cildo artista plástico...

Vale por deixar o gosto a se conhecer mais no ao vivo e a cores...
Bora sair do cinema e ir ao museu! 
(e depois voltar ao cinema pra sétima arte...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário