Sérgio Machado estreou na ficção com o instigante Cidade Baixa, recebeu muitos prêmios e elogios e desde então se manteve na calada da noite... Voltou agora, cinco anos depois, com Quincas Berro D'Água.
Sempre retratando o universo baiano, soteropolitano, mas aqui em uma chave completamente distinta. Ao contrário da realidade crua, da miséria e do pessimismo, Sérgio Machado aqui se baseia na obra de Jorge Amado pra trazer personagens cômicos, coloridos... Gauches também, mas no estilo da malandragem e da fanfarrice... Se acaso há miséria aqui, o otimismo a salva!
Filme com ritmo e tempero (como um bom registro baiano), mas que para alguém tão paulistana como eu falta algo... (talvez a pimenta e o atabaque tenham sido muito comedidos).
Fica a simpatia, o reconhecimento da competência da narrativa, mas ficam algumas lacunas, algumas histórias muito reiterativas, parecendo mesmo que se basear num conto para fazer um longa-metragem fica faltando material...
E olha que sobram talentos, por exemplo dos atores! Paulo José um exemplo, Marieta Severo, Mariana Ximenes, o global Vladimir Brichta funciona muito bem, participações como de Milton Gonçalves, Othon Bastos, Luís Miranda, etc...
Singelo e saboroso, parabenizo a iniciativa, mas fico no aguardo de um próximo para a prova dos nove...
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