Laís Bodanski não é uma cineasta daqueles talentos inacessíveis, seu mérito parece justamente o inverso: parece tão simples, mas tão sensível, tão interessante, tão comprometida...
Trata de assuntos cotidianos, mas traz questões importantes de serem debatidas: em seu primeiro longa vieram as drogas e a situação manicomial;
na seqüência um documentário que na verdade era o registro de um projeto incrível de se levar cinema a cidades que nunca tiveram acesso;
no terceiro faltou um pouco mais de ritmo para fazer o registro da terceira idade;
mas agora sobrou precisão pra falar do universo adolescente atual...
Em duas horas Laís consegue falar de coisinhas do cotidiano de como se portar no ambiente de disputas de popularidade, busca de identidade, comparações, piadas que são as escolas. Fala das novas ferramentas desse ambiente, não só a sala de aula, mas também a internet em seus blogs, chats, e afins. Os desabafos em escritos, conversas, canções.
Momentos pontuais importantes como a primeira vez, separação dos pais, relação com homossexualidade, com política, com a imagem, amor platônico, o fim do primeiro amor...
Momentos importantes mas que ficam pra sempre como construção de personalidade, amor, perda...
Momentos importantes mas que ficam pra sempre como construção de personalidade, amor, perda...
Se as melhores coisas do mundo são as melhores, eu não sei, mas proporciona duas horas intensas...
Tanto para minhas irmãs de onze anos que as consumiram entretidas com muitas ansiedades e questionamentos até a mãe delas já tendo que lidar com as mesmas questões a partir de outro ponto de vista...
E passando por mim, ainda num meio de caminho, que me deixa cheia de nostalgia e curiosidade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário