Filme bastante interessante, com uma premissa atual, distopia abordando o ser e estar contemporâneo: real X irreal ou virtual e a maneira como entram os afetos dentre tantas outras demandas em nossas vidas.
Pode-se pensar numa mistura de Matrix com linguagem tarantinesca, ou mesmo em aspectos filosóficos de Michel Gondry e narrativas como Brilho eterno de uma mente sem lembrança ou mesmo a série Kidding e certamente com muitas outras referências pop das quais muitas me escapam.
Porém onde está o grande potencial do filme é também onde há uma dispersão: são tantas referências, tanta colagem, tantas linguagens que o filme se excede.
Fica cansativo e não apenas por seus 140 minutos, mas também pelo ritmo frenético e pelo excesso de tudo. Ainda mais sem que haja uma base forte para a costura. Não há personagens tão densos para nos identificarmos e que ancorem tantas cenas de disputa, luta, transições de tempo e espaço.
Vira um espetáculo desse frenesi. Talvez de muito sucesso para um certo público, mas menos universal do que poderia.
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