No título a poesia do filme, promessa de uma história bonita...
O filme em si, como vi definido: um "road movie experimental".
A história vem apenas em sugestões e fragmentos.
Em narrações e sons sem foco, em imagens com ruído.
Verdadeiramente bonito, mas me deixa com gostinho de quero mais!
Ainda mais pelos diretores: Karim Ainouz (de filmes fortes como Madame Satã e O Céu de Suely) e Marcelo Gomes (da obra prima Cinema, Aspirinas e Urubus) - tão sensíveis e talentosos (além da simpatia e singeleza).
Mas o projeto parecia ser isso mesmo: simples, modesto, singelo...
O que poderia vir maior em imagens para nos alimentar não chega, mas o tom é preciso: a nostalgia, sentimento, poesia, esses chegam, invadem, penetram...
Nos fazem viajar e voltar a ele... Como companheiros de viagem, seguimos com o filme dentro de nós... (e por isso o pesar de não podermos viajar mais com as imagens, com os fragmentos).