quarta-feira, 25 de março de 2009

Milk - Gus Van Sant

Gosto do Gus Van Sant:
temas fortes, reais, interessantes,
liguagem poética, envolvente...
mas sempre resvalando em certa afetação...



Gosto tb do Sean Penn,
pelo menos de alguns de
seus últimos filmes, como
Sobre Meninos e Lobos
ou 21 Gramas...




E qdo vi o trailler de Milk, gostei...

Ou seja, já fui esperando gostar...


E gostei! A história não tem nada de mto surpreendente
qdo se pensa numa história de militância gay
há algumas décadas atrás:
uma luta contra o preconceito!


E é uma história que, se não é feliz,
ao menos fala de progresso, de evolução...


Aliás, isso é algo que me deixa satisfeita na vida:
sei que vou morrer num mundo com a mesma pobreza (se ñ pior),
num mundo com as mesmas doenças (se ñ piores),
num mundo com a mesma desigualdade (se ñ pior),
etc, etc, etc... (se ñ pior)
Mas em relação à tolerância e respeito à homossexualidade,
vejo a evolução a olhos nus todos os dias...
passando nos arredores da paulista,
vendo os jovens, vendo filmes, vendo tv...
Tem e terá ainda mto a fazer?
Sem dúvida, mas... viva a evolução!


E Milk vem como um combustível a isso:
filme redondo, filme comovente,
elenco bom, músicas boas, fotografia boa...

Talvez um pouco de afetação demais,
com alguns excessos como por exemplo
uma cena em que se divide e subdivide a tela diversas vezes...

Se estou acompanhando o filme de uma maneira mais intimista,
não quero ver a mão do diretor pesando no meu ombro
aparecendo na tela e dizendo:
"ei, estou aqui, isso aqui é tudo construído"
Gosto mais dos momentos de fluir do filme,
quando embarco no discurso inflamado
e carismático de Milk-SeanPenn
e penso nas suas dificuldades, nas suas privações
e nas suas vitórias...


o filme toca, mexe, shake...

Milk Shake!!!

Um comentário:

  1. Eu também gosto de esquecer que aquilo é um filme, gosto de acreditar que se trata de um tempo mítico e gosto de sair do cinema meio abobada ainda, achando que a vida real é que é esquisita.
    Faz tempo que isso não acontece de verdade, se bem que ultimamente só assisto dvd e ainda mais (me perdoe se for contra), dvd pirata.
    Por melhor que um filme seja, ele precisa da complacência do escurinho do cinema, embora me ocorre agora, a literatura prescinde disso, já me transportei para inúmeros lugares lendo livro e demorando depois pra voltar a mim.
    Há muitos e muitos anos atrás, quando comecei a ler CEM ANOS DE SOLIDÃO e nem estava diante de um pelotão de fuzilamento, fui completamente abduzida, isso sem falar que passei todas as férias da minha infância no sítio do picapau amarelo.
    Hoje em dia, talvez eu vá pra NY com o quarteto de Sex and the city.
    Fico assistindo contando quantos quadros ainda faltam e querendo que não termine nunca.
    Gosto daquilo.

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