Estreando em trabalhos em cinema, Hugo Prata se viu no desafio de contar a história de uma das maiores estrelas da música brasileira de todos os tempos: Elis.
A pretensão do filme era grande, já que sabia lidar com inúmeras expectativas e o resultado final acaba bem competente.
Competente também a atuação da estreante Andréia Horta, que reproduz com maestria os gestos e sorrisos da cantora, auxiliada pela fotografia e decupagem, que também buscam seus melhores ângulos.
Evidente que muito fica aquém: faltam músicas, faltam personagens, falta intimismo (o mesmo com que Elis se expunha e se entregava em suas interpretações musicais), falta profundidade...
Por outro lado, está tudo ali, é um pout pourri muito bem amarrado que dá conta de contar a trajetória biográfica, ressaltar os principais trabalhos, amores, desafios e, claro, sucessos.
Um filme humano, com seus defeitos mas onde se sobressaem as qualidades e o prazer das duas horas relembrando Elis.
Mais uma vez um filme de deleite para fãs. Ouvir as músicas e relembrar a artista e dessa vez contado como ficção (recentemente vimos muitos outros exemplos de filmes musicais, mas com abordagens documentais:
Dominguinhos, What happened, miss Simone, Amy, ou Janis, por exemplo - já comentados aqui.
Dominguinhos, What happened, miss Simone, Amy, ou Janis, por exemplo - já comentados aqui.